sábado, 3 de outubro de 2009

Aí sim


Aí sim, as flores desabrocham nos rostos,

e um beijo revela os sonhos,

Duas almas, um só corpo, entrelaçado...

Uma só alma, dois corpos, abraçados...


Nada é contra ou a favor,

o vento e as feras da alma se recolhem,

e apenas os desejos e a paixão se cruzam...

O proibido é apenas o começo.


É tão normal, óbvio e completo...

Tão certo e palpável como a alva cor da rosa,

vermelha...

Vermelho sangue.


O destino ignora, e a distância aproxima.

O cheiro de suor impregna, acende...

e as mãos se movem, em busca de prazer,

os olhos se fecham, e a mente se abre.


Então um toque, e o suspiro...

o corpo estreme, estremece o espírito,

e os dois se completam,

a alma, a mente, o corpo – unidos.


Aí sim, a respiração para,

e já não sabem se ainda vivem,

nem qual corpo é o seu...

Apenas sentem a paixão – com todos os sentidos.


O momento passa, e os corpos se separam,

mas não as almas, as almas nunca morrem.

Aí sim, cabelos e sonhos são afagados...

O momento não passa,

e o tempo tudo engole...


Aí sim, é tempo de lembrar!

Aí sim, o tempo que não volta...

Aí sim, a paixão os questionam:

_ Alimente-me ou deixe-me morta...

Um comentário:

Anônimo disse...

Nem precisa falar nada neh Mané... vc está de parabéns... ^^
Bjoo