quarta-feira, 22 de julho de 2009

O fim...

O fim veio, e passou... O ponto final era apenas uma vírgula. Esse post morreu, como morreu a inspiração que usei para escreve-lo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Pseudônimos - A Carta

“Se escrevo essa carta é por puro capricho, porque sei que nunca vou entregá-la. Apenas o fato dela existir talvez dê ao destino uma ferramenta para fazê-la entender mais facilmente a razão de meus irracionais sentimentos. Talvez a rasgue, talvez queime, mas acho que vou guardar em alguma gaveta, para, quem sabe um dia, ela seja levada pelo vento, e, obstinadamente, caia em suas mãos.
Amo-te. Simples e complexo assim. Não há nada que demonstre de forma tão clara... Mas não digo! Claro que não! Talvez deveria, talvez se disser você caia em meus braços...
Mas não, não cairá. Não... As mãos que seguram a sua... NÃO! Pensar nisso é como se houvesse uma pedra dentro do meu estômago. Ciúmes, o sinal mais sensível e selvagem de que há amor.
Mas não há amor, não pode haver. Ter você é um sonho, e sonhos acabam quando abrimos os olhos. Até meus amigos temo perder, mas perder um sonho é perder parte da alma.
Exaltaria sua beleza, se conseguisse pensar em você sem sentir o coração pesar. Tocar seu rosto e não poder te prender em um abraço é como forçar o coração por um caminho tortuoso e incerto, sabendo que ele não voltará inteiro.
Sua voz, seu sorriso, seu corpo, e a ilusão de ser feliz, de que o mundo ainda tem lugar para viver sorrindo!
Mas não foi seu rosto, nem seu cheiro, tampouco sua voz que me arrebatou.
Se você fosse um pouco mais insensível... Se quando falasse comigo não demonstrasse tanto interesse... Se quando sorria pra mim, não sorrisse tão sincera... Te amei pela sua alma, pelo que vi atrás dos seus olhos.
É bobeira, eu sei, zombe a vontade de mim... Sou jovem, tolo.
Se eu nunca disse que te amava, não é porque esse amor fosse menor que qualquer outro amor que embala os sonhos dos amantes. Nunca disse que te amava, porque sempre soube que nunca lhe faria feliz. Grave essas palavras, pois estas ainda lhe direi, nem que em meu leito de morte, pois rogo aos céus que me levem antes de razão de ainda permanecer aqui. Razão da minha vida, eu diria, se não me parecesse tão fora do meu tempo como todo o resto me parece. O dia que esse mundo deixar de ser sua casa, também deixará de ser a minha.”

Tomas Antônio Ferreira





Bom, aí está o último trecho do “Pseudônimos” que vai existir nesse blog, e quem sabe onde mais... Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. A perspicaz coincidência dos poetas, é claro, mas ainda assim, coincidência...

Algumas vezes eu acho que esse Tomas escreve de dentro da minha mente. Maluco, eu diria, completamente maluco.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Hamlet - Ato III, Cena I

Minha nova leitura e fonte de inspiração: Hamlet!!

"(...) Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? (...)


Haveria beleza na morte? Haveria beleza na dor e sofrimento? Haveria beleza na loucura??

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sentimentos... e "Pseudônimos"

Estranho. Parece que o que eu sempre quis foi ser desvendado nas raízes dos meus sentimentos. Talvez por esse motivo eu tenha criado esse blog. Dia desses me disseram que seria tão mais fácil se eu simplesmente dissesse o que eu quero... É, seria. Então devo dizer... Quero apenas ser compreendido na minha loucura! Tolice? Claro! Mas quem se importa?


Porém a vida guarda curiosas surpresas, e como não sou totalmente lúcido, acabei de me surpreender... Ora ora, não é que tem gente que está indo pelo caminho certo? Agora eu me pergunto o porquê desse interesse!


De qualquer forma, não quero ficar pensando nisso, não agora... Talvez devesse simplesmente não pensar e dar a cara à tapa um pouco. Mas... Sei lá, acho que deixaria de ser eu... Deixaria de ser um o Mané!


Bom, mais um pedaço do “Pseudônimos”:


“(...) Não era medo, mas mesmo que fosse não confessaria pra si mesmo. O vento gelado lhe cortava o rosto, mas não se importava, havia algo dentro dele que machucava mais que o vento. Mas não queria pensar naquilo, afinal, tinha em mente nunca mais dar valor a esses sentimentos. E pensou que talvez um pouco de ar gelado faria bem. Tolice, não adiantava pra onde fosse, seus pensamentos iam com ele. Parou sob uma árvore alta, em frente a uma das várias casas iguais aquela que estavam na completa escuridão. A lua estava coberta, e exceto por alguns postes que ainda tinham lâmpada, a escuridão era total. Sentou-se e fechou os olhos. Pensou ouvir alguém chamando seu nome e levantou-se sobressaltado. Olhou em volta, e lhe pareceu que alguém acabara de virar a rua e sumir de vista a uns três quarteirões dele. Correu. Ao dobrar a mesma esquina se lançou de joelhos e segurou a cabeça com as duas mãos, gritando. Tentou desesperadamente se agarrar a qualquer lembrança, qualquer uma, mas apenas um rosto vinha em sua mente. Sorria e chamava seu nome. Tudo girava, e ele sentiu que o frio finalmente rasgara sua pele e consumia sua carne. Ouviu passos ao seu lado. A muito custo abriu os olhos e a viu, nua, abraçada com alguém que não pôde ver quem era, porque seus olhos se fecharam se novo. Ouviu risos a sua volta, e mesmo de olhos fechados sentia uma luz forte se aproximando de seu rosto. Vomitou. Tentou gritar, mas engasgou-se. Sua cabeça fervia por dentro, e sentiu o ouvido sangrar. De repente tudo acalmou, o frio, os risos, as luzes, a dor. Teria desmaiado? Talvez... Ou talvez, e esperava ansiosamente por isso, teria morrido...”



Tomas Antônio Ferreira

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pseudônimos - Epílogo

“Às vezes eu só queria poder... Chorar. Sem me sentir mal, ou menos homem por isso. Às vezes queria apenas amar sem medo. Queria dizer “te amo” e correr sem esperar resposta. Mas não posso machucar ninguém de novo. Não posso me machucar de novo.

Mas é assim que entendo a vida, e é assim que a vida me entende, e esse gélido vazio no peito só me abandonará quando os vermes comerem meu coração! E esse momento está próximo, eu sinto, e almejo com toda minha alma.”


Tomas Antônio Ferreira


Está aí, mais um trecho do "Pseudônimos".


=)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pseudônimos - Futuro, passado...

“Fazia frio, mas quem se importava? A lua estava linda, e embora não fosse possível vê-la sobre sua cabeça, sentia-a no seu coração! Era um abraço eterno, embora soubesse que acabaria em um segundo. Tentou memorizar cada pedaço do corpo dela que suas mãos carinhosamente tocavam. Sentia sua respiração em seu peito, sentia seu hálito e o cheiro do seu corpo. Sentia em seu estômago a fera adormecida rugir. Enquanto caminhava seu pensamento sobre o futuro que os aguardava, ouvia algo em sua mente que dizia que não passaria dessa noite! Isso lhe devorava, não queria deixar-la ir, abraçava-a mais forte, como se fosse perder para sempre aquele abraço...

Suspirou e fechou os olhos. Quando tornou a abri-los ela o fitava com seus grandes olhos e um sorriso maroto no rosto. Sentiu o rosto e o peito queimar, e tentou não pensar no futuro, apenas aquele momento existiria para sempre, nem que fosse em seus sonhos. Tocou lhe o rosto com os dedos gelados, puxou-a para sim o mais que pôde sem machucá-la, e a beijou. Lentamente, apaixonadamente... O passado tornou-se lembranças; o futuro, apenas esperança. O momento era a única coisa que existia, e enquanto estivessem ali, com seus corpos e seus lábios unidos, nada poderia afetá-los. Por fim, ele entendeu... Entendeu a razão de seu fracasso passado, entendeu o que ela havia tentado explicar. Mas isso não importava, não agora (...).”



Tomas Antônio Ferreira



Esse é um trecho do segundo capítulo do livro "Pseudônimos" desse jovem autor.

É meio imprevisível, embora siga a linha romance/drama... É um bom livro, um bom livro!


Ocasionalmente vou postar alguns trechos aqui, dependendo do meu estado de espiríto!


Bom... É isso...


=)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sonhos, pesadelos...

Fazia tempo que eu não aparecia por aqui, e sejamos sinceros, grandes coisa!

Bom, pra eu aparecer aqui numa plena quarta-feira, é porque alguma coisa me tirou a paz. E hoje eu diria que acordei triste, porém triste não é uma palavra expressiva o suficiente, e pode causar mal entendido.


Acordei sentindo um rancor terrível como se meu coração derretesse, uma falta de esperança como se tivesse uma serpente fria e pesada no meu estomago, e sentindo como se qualquer pessoa no mundo pudesse ser feliz, menos eu. Estou começando a achar que dormi abraçado a um dementador (hic).


Acho que devo isso a um sonho que tive. O que aconteceu não vou dizer, tampouco com quem foi, só digo que acho incrível a habilidade dessa infeliz aparecer bem na hora que consigo esquece-la, seja em um recado no orkut, um encontro no meio da rua, um recado através de algum amigo, ou, mais terrivelmente, nos meus sonhos.


Tempos atrás comentei isso com um amigo de cabeça grande e similar sabedoria, e ele, rindo debochado, me disse que era amor.


Ora, ora, amor o cacete! Quase lhe arranco a cabeça! Essa palavra já não faz sentido algum pra mim, amar não é prático, e nem trás boas lembranças. Errei demais tentando amar, e mais ainda tentando não amar. Não nego que já fui amado, mas pra variar, me portei como um idiota. Tive medo, poxa.


Mas isso não interessa de fato, o que realmente interessa é...


É...


É...


O que interessa mesmo? Sabe-se lá, e acho que não me importo. Vou deixando a vida me levar, levanto quando preciso, encolho quando preciso, e tento me privar de emoções desnecessárias. Não é um jeito muito bonito de se viver, mas não deixa de ser um jeito.

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