segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sentimentos... e "Pseudônimos"

Estranho. Parece que o que eu sempre quis foi ser desvendado nas raízes dos meus sentimentos. Talvez por esse motivo eu tenha criado esse blog. Dia desses me disseram que seria tão mais fácil se eu simplesmente dissesse o que eu quero... É, seria. Então devo dizer... Quero apenas ser compreendido na minha loucura! Tolice? Claro! Mas quem se importa?


Porém a vida guarda curiosas surpresas, e como não sou totalmente lúcido, acabei de me surpreender... Ora ora, não é que tem gente que está indo pelo caminho certo? Agora eu me pergunto o porquê desse interesse!


De qualquer forma, não quero ficar pensando nisso, não agora... Talvez devesse simplesmente não pensar e dar a cara à tapa um pouco. Mas... Sei lá, acho que deixaria de ser eu... Deixaria de ser um o Mané!


Bom, mais um pedaço do “Pseudônimos”:


“(...) Não era medo, mas mesmo que fosse não confessaria pra si mesmo. O vento gelado lhe cortava o rosto, mas não se importava, havia algo dentro dele que machucava mais que o vento. Mas não queria pensar naquilo, afinal, tinha em mente nunca mais dar valor a esses sentimentos. E pensou que talvez um pouco de ar gelado faria bem. Tolice, não adiantava pra onde fosse, seus pensamentos iam com ele. Parou sob uma árvore alta, em frente a uma das várias casas iguais aquela que estavam na completa escuridão. A lua estava coberta, e exceto por alguns postes que ainda tinham lâmpada, a escuridão era total. Sentou-se e fechou os olhos. Pensou ouvir alguém chamando seu nome e levantou-se sobressaltado. Olhou em volta, e lhe pareceu que alguém acabara de virar a rua e sumir de vista a uns três quarteirões dele. Correu. Ao dobrar a mesma esquina se lançou de joelhos e segurou a cabeça com as duas mãos, gritando. Tentou desesperadamente se agarrar a qualquer lembrança, qualquer uma, mas apenas um rosto vinha em sua mente. Sorria e chamava seu nome. Tudo girava, e ele sentiu que o frio finalmente rasgara sua pele e consumia sua carne. Ouviu passos ao seu lado. A muito custo abriu os olhos e a viu, nua, abraçada com alguém que não pôde ver quem era, porque seus olhos se fecharam se novo. Ouviu risos a sua volta, e mesmo de olhos fechados sentia uma luz forte se aproximando de seu rosto. Vomitou. Tentou gritar, mas engasgou-se. Sua cabeça fervia por dentro, e sentiu o ouvido sangrar. De repente tudo acalmou, o frio, os risos, as luzes, a dor. Teria desmaiado? Talvez... Ou talvez, e esperava ansiosamente por isso, teria morrido...”



Tomas Antônio Ferreira

2 comentários:

Anônimo disse...

como vc pode pensar que ninguém se importa com os seus sentimentos??? Se fosse assim naum teria comentários nos seus posts... rsrs ahh... e continue postando trechos do "Pseudônimos", não sei pq mas acho tem um ar de Manoel no que Tomas Antônio Ferreira escreve... ou estou enganada?? =D bjoo! E parabéns pelo Blog... *-*

MiiH disse...

ahaha eu concordo com voce Giu uHUSHAUSHUAHushauh isso tem muuito cara de Manooooel do que de Tomas (y)

*-* AHh muuito lindo , quero ler o livro . . .